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Custo da construção paulista sobe 3,11% no 1º semestre

O Custo Unitário Básico (CUB) da indústria da construção do Estado de São
Paulo registrou alta de 1,81% em junho, na comparação com o mês anterior e de 3,11% no acumulado dos seis primeiros meses de 2019. O dado é do
SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São
Paulo) e da FGV (Fundação Getulio Vargas). O CUB é o índice oficial que
reflete a variação dos custos das construtoras, utilizado na atualização
financeira dos contratos de obras.

Em junho, os custos médios das construtoras com materiais de construção
subiram 0,08%, enquanto os custos com mão de obra apresentaram variação positiva de 2,82% e os custos administrativos (estes, representados pelos salários dos engenheiros), registraram variação positiva de 2,54%, em função das primeiras convenções coletivas de trabalho que reajustaram salários do setor.

Ao final do primeiro semestre, a variação acumulada em 12 meses foi de
4,29%. O CUB representativo da construção paulista (R8-N) ficou em R$
1.415,15 por metro quadrado em junho de 2019.

Nas obras incluídas na desoneração da folha de pagamentos, a alta do CUB foi de 1,69% em junho, comparado a maio. O acumulado do primeiro semestre do ano somou 3,09%. Em 12 meses, a elevação foi de 4,36%. O custo médio da construção paulista no mês subiu para R$ 1.312,43 por metro quadrado em junho de 2019.

Em junho, os custos com os materiais se elevaram em +0,08%, enquanto os
custos com a mão de obra foi de +2,75% e os administrativos apresentaram
variação positiva de +2,54%.

Em junho, os custos de seis dos 27 materiais de construção pesquisados
registraram elevação superior ao IGP-M (+0,80%): Locação de betoneira
elétrica 320 I (+1,65%), bloco de concreto 19X19X39cm (+1,41%), Fechadura,
tráfego moderado acabamento crono (+1,15%), Emulsão asfáltica com elastômero para impermeabilização (+0,87%), vidro liso transparente 4mm com massa (+0,82%), tinta látex branca PVA (+0,80%).

Em doze meses, os materiais que mais subiram acima do IGP-M (6,51%) foram a areia média lavada (15,88%), o aço CA-50 Ø 10 mm (10,66%), brita 2 (8,24%) e concreto FCK=25 Mpa (6,78%).

Os últimos dados da pesquisa mensal de emprego do SindusCon-SP demonstram variação positiva de +0,80% em abril na comparação com março de 2019. Foram abertos 18.428 postos de trabalho no período.

No acumulado dos quatro primeiros meses de 2019, a variação é de +1,83%. Na comparação do primeiro quadrimestre de 2019 com o mesmo período do ano passado, a variação é de +0,88%. Ao final de abril, o setor empregava
2.314.065 trabalhadores.

‘Os números confirmam que ainda estamos longe da retomada do crescimento econômico necessário para o aquecimento do setor’, afirma o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), Odair Senra.

O PIB da Construção deverá se elevar em 0,5% neste ano, e não mais em 2%,
segundo nova projeção da FGV (Fundação Getulio Vargas), apresentada em 11 de junho, na reunião de Conjuntura do SindusCon-SP. A estimativa é que o PIB das empresas caia 0,5%, enquanto o dos demais segmentos, como reformas e autoconstrução, se elevará em 2%, resultando no aumento de 0,5% para todo o setor.

Em sua apresentação, a coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre, Ana Maria Castelo, explicou que a projeção de queda de 0,5% para o PIB das empresas de construção se deve, entre outros fatores, à queda de atividade das construtoras voltadas a obras de infraestrutura, enquanto as de edificações ainda poderão ter algum resultado positivo.

Segundo Ana Maria, causa preocupação que o governo anuncie a intenção de esquentar o consumo com a liberação de recursos do FGTS. A seu ver, isso pode diminuir futuramente os recursos disponíveis do Fundo para investimento em habitação, tendo em vista que esses recursos não aumentarão em função do mercado de trabalho enfraquecido.

Ela alertou para a necessidade de acompanhar com atenção as mudanças que o governo pretende introduzir no Programa Minha Casa, Minha Vida, responsável por 67,5% das vendas do mercado imobiliário. No primeiro trimestre deste ano, comparado ao mesmo período do ano passado, os lançamentos dentro do programa aumentaram 42% e as vendas, 8%. (Redação – Investimentos e Notícias)

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