Dar entrada em um apartamento novo é a melhor opção nesse semestre
Diante de uma constante recuperação do mercado imobiliário brasileiro, cada
vez mais pessoas almejam financiar um apartamento novo e se
livrar de vez do aluguel. Ao mesmo tempo, o preço dos imóveis para alugar em
São Paulo estão em constante redução de valor, despertando o interesse do
consumidor.
Segundo pesquisa da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio)
divulgada pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação), o número de lançamentos
imobiliários na capital paulista foi de 1.721 unidades em maio de 2018. Ao
mesmo tempo, havia 2.158 imóveis novos disponíveis para venda no mercado.
Somando os cinco primeiros meses deste ano, a quantidade de lançamentos
chega a 5.257 e o número de imóveis novos disponíveis é de 9.713. Já no
período entre os doze últimos meses, entre junho de 2017 e maio de 2018, a
quantidade de unidades lançadas e à venda no mercado são de,
respectivamente, 30.369 e 27.307.
Tais resultados comprovam um aumento significativo de apartamentos novos
disponíveis no mercado em decorrência da instabilidade do setor no início
deste ano. Entre junho de 2016 e maio de 2017, por exemplo, os lançamentos
estavam acumulados em 21.871 e as unidades disponíveis em 17.108. Em ambas
as situações, houve um aumento de, aproximadamente, 50% em relação aos
últimos 12 meses do período anterior.
Na comparação mensal, os números também são animadores. Mesmo entre março e
abril de 2018 o mercado imobiliário paulista ter apresentado um pequeno
decréscimo nos lançamentos e unidades à venda, entre abril e maio o cenário
voltou a ser positivo.
Dados da Embraesp afirmam que, comparativo entre abril e maio de 2018, o
número de lançamentos passou de 1.181 para 1.721 – aumento de 45,72%. Ainda,
a quantidade de unidades novas disponíveis é de 2.158, ante 1.802 do mês
anterior – elevação de 19,765.
Com relação aos preços dos imóveis novos em São Paulo, a pesquisa afirmou
que os valores estão sofrendo uma constante queda. Entre abril de 2017 e
março de 2018, a diferença de preços já acumulava um decréscimo de 7,32%. Em
números exatos, ele passou de R$ 9.068 para R$ 8.405.
Já entre o primeiro trimestre de 2018, o decréscimo somado foi de 2%.
Enquanto em dezembro de 2017 o preço médio do metro quadrado dos
apartamentos novos em São Paulo era de R$ 8.577, em março de 2018 esse valor
caiu para R$ 8.405, conforme citado anteriormente.
Entretanto, mesmo o valor dos apartamentos novos terem sofrido uma queda, o
índice de reajuste do aluguel também está em decréscimo, o que pode fazer
esse negócio ser vantajoso nesse momento. Segundo Lucas Vargas, diretor
executivo da Viva Real, “se a pessoa pretende ficar menos do que cinco anos,
o aluguel é a melhor escolha, por causa dos altos custos da documentação”.
Mas, não se esqueça que, ao pagar o aluguel mensal de uma propriedade, você
está “gastando” dinheiro em algo que não é seu. Em outras palavras, muitas
vezes, os valores das parcelas de financiamento do imóvel próprio podem ser
equiparadas aos preços de uma locação.
Conforme indicado pelo Secovi-SP, entre junho de 2017 e maio de 2018, os
aluguéis em São Paulo caíram 1,5% em relação ao mesmo período do ano
anterior. Ao mesmo tempo, o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado)
responsável por calcular seus reajustes fechou em 4,26 na média anual – o
maior índice em, pelo menos, um ano.
Detalhando os dados apresentados acima, imóveis com um dormitório sofreram
retração de 0,5% e os compostos por dois tiveram uma redução de 0,8%. Ainda,
propriedades com três quartos viram seus valores caírem 0,5% entre junho de
2017 e maio de 2018 quando fora feito o último levantamento do Secovi-SP até
o momento.
Se alugar um imóvel por valores mais baixos é vantajoso, pagar seu reajuste
anualmente pode ser uma tarefa difícil. Por esse motivo, comprar apartamento
novo por meio de financiamento têm sido uma das melhores opções por parte
dos brasileiros em busca de um novo teto.
Apesar de não ter tamanha influência na compra de um imóvel novo, a taxa
Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) está estagnada atualmente
em 6,40%. Tal índice é considerado um dos menores desde 1998 e, ultimamente,
é considerado menor em relação aos juros cobrados pelas instituições
financeiras durante o financiamento.
Moradias populares também estão mais fáceis de serem adquirida graças à
maior abrangência do Minha Casa Minha Vida da Caixa Econômica Federal. Hoje,
sua família pode participar desse programa caso tenha uma renda mensal de
até R$ 7 mil.
Sua grande vantagem é oferecer juros menores durante o financiamento e a
possibilidade de adquirir propriedades não só no meio urbano, como também no
rural. Além disso, dependendo da situação, você pode fazer uso do FGTS
(Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para dar entrada no processo.
(Exame/Dino)