Empresários se mostram mais otimistas com 2018
O ano de 2017 esboçou uma guinada da economia para números mais positivos, e as empresas se descolaram dos sobressaltos e escândalos. Mesmo assim, o País ainda patinou bastante porque os entraves políticos impedem o Brasil de caminhar a passos mais largos. Em 2018, os executivos de finanças acreditam em dias ainda melhores e de uma retomada, ainda em ritmo lento, das contratações. Mas há uma preocupação no horizonte: a falta de um nome para disputa da Presidência da República que tenha um plano de governo para o desenvolvimento sustentável do País.
Em evento promovido ontem pelo Ibef, empresários e executivos mostraram que o cenário da economia é bem melhor do que nos últimos dois anos e que os investimentos devem ser retomados. “Nós esperávamos por um 2017 melhor, mas fatos políticos ainda influenciaram no ambiente econômico e o Brasil viveu sobressaltos. Mas as expectativas para 2018 são boas. A minha empresa continua acreditando no País e manteve os investimentos”, disse a diretora financeira da multinacional CCL Industries do Brasil, Viviane Derrite Dias.
O diretor de Finanças e Tecnologia da Informação da 3M do Brasil, Gustavo Ceccato, afirmou o cenário melhorou neste ano, mas que o País ainda vive um processo de recuperação. “O terceiro trimestre deste ano foi o melhor dos últimos três anos. A perspectiva para o próximo ano é mais positiva. A expectativa é que a retomada se concretize”, disse, ressaltando que o fato de ser um ano eleitoral também pode trazer mais volatilidade para o mercado.
O executivo da Kion South America, Ricardo Eguchi, comentou que a crise brasileira tinha mais como pano de fundo a situação política do que econômica. “Atuo em uma empresa de bens de capital. O segmento vem se recuperando neste ano”, afirmou. Ele ressaltou que o cenário mundial também deve ser observado, já que existem ameaças como a questão da Coreia do Norte.
O diretor de Administração, Finanças e Recursos Humanos da Papirus, Rubens Martins Filho, observou que as empresas conseguiram este ano descolar o desenvolvimento econômico da crise política. “Depois de dois anos sofrendo muito com o impacto da crise política, o setor produtivo finalmente conseguiu algum descolamento. As empresas continuaram investindo e buscaram saídas para retomar a atividade produtiva”. (Correio Popular)