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IGP-M sobe 0,24% em abril após deflação em março

Indicador acumula inflação de 8,50% em 12 meses, com avanço impulsionado por preços no atacado e na construção civil

foto: Freepick – O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), utilizado amplamente como referência para reajustes de contratos de aluguel, encerrou o mês de abril com alta de 0,24%, conforme divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O número representa uma reversão em relação a março, quando o índice apresentou deflação de 0,34%, indicando queda nos preços no período anterior.

Com esse resultado, o IGP-M acumula inflação de 1,23% no ano e expressivos 8,50% no acumulado dos últimos 12 meses. Em comparação com abril de 2024, quando o índice havia registrado inflação mensal de 0,31% e deflação acumulada de 3,04% em 12 meses, observa-se uma mudança significativa no comportamento dos preços.

O principal fator responsável pelo avanço de abril foi a elevação nos preços do atacado, medidos pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA). Após uma queda de 0,73% em março, o IPA passou a registrar alta de 0,13% no mês seguinte, influenciando diretamente o desempenho do IGP-M como um todo.

Outro segmento que colaborou para o aumento do índice foi a construção civil. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu de 0,38% em março para 0,59% em abril, refletindo pressões inflacionárias sobre materiais, serviços e mão de obra no setor.

O presidente da Habicamp, Francisco de Oliveira Lima Filho.

Na contramão, os preços ao consumidor no varejo apresentaram desaceleração. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu de 0,80% para 0,46% entre março e abril, o que ajudou a conter uma alta mais expressiva do IGP-M no mês.

Para Francisco de Oliveira Lima Filho, presidente da Habicamp, o cenário merece atenção: “O aumento do IGP-M impacta diretamente os contratos de aluguel e o setor imobiliário. Monitorar a evolução desse índice é fundamental para manter o equilíbrio nas negociações entre locadores e locatários.”

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