Habitação

Imagens indicam invasão ‘fantasma’

Imagens aéreas datadas do último dia 17 de julho revelam que dos 1.184
barracos montados na ocupação Marielle Vive, em Valinhos, entre 85% e 90%
estão desabitados, criando uma invasão “fantasma”. O panorama mostrado pelas
fotos indica que parte dos invasores está lá apenas para demarcar lugar e
criar uma imagem superdimensionada da ocupação. As imagens foram feitas por
um cinegrafista “curioso” e anônimo que as entregou, com exclusividade, ao
Correio Popular no início desta semana.

A Fazenda Eldorado Empreendimentos Imobiliários, na Estrada dos Jequitibás,
foi invadida por cerca de 700 famílias na madrugada do dia 14 de abril. A
maioria dos ocupantes são de cidades da região. Os invasores fazem parte do
Movimento Sem-Terra (MST) e integravam a “Jornada Nacional de Lutas pela
Reforma Agrária”, realizada entre o dia 10 e 17 daquele mês, em todo Brasil,
quando foi lembrado o Dia Internacional de Luta pela Terra.

Imagens por drone

O cinegrafista registrou toda a área invadida e dividiu o território ocupado
em 29 imagens. Em cada registro, ele contabilizou o número de barracas
construídas e de pessoas que haviam no local. Em uma das fotos, por exemplo,
mostra 60 barracos, sendo que foram vistas seis pessoas. Em outra, 44
unidades, com cinco habitantes. Em outra imagem, 30 barracas, com três
pessoas. Em um outro registro, 30 barracas, com oito moradores.

Para fazer o registro, o cinegrafista contou que teve certa dificuldade, já
que os “seguranças” que estavam na ocupação queriam retirá-lo do local à
força e exigiu que ele apresentasse credencial. As imagens foram feitas com
um drone e o cinegrafista fez o monitoramento da estrada. Ele admitiu que na
portaria havia um pequeno movimento de pessoas, mas o registro aéreo mostrou
que a maior parte das barracas estava desabitada.

Para confirmar esse cenário, a reportagem do Correio esteve no local na
manhã de ontem e observou que, além dos porteiros, havia uma pequena
movimentação na entrada da fazenda. O local ainda se mantém fechado com a
porteira – entrada e saída seguem controladas. A reportagem também observou
que havia muitos barracos sem moradores. A visão foi da estrada e em toda
extensão externa. No momento em que a equipe de reportagem passava pela
estrada, a pé, alguns moradores que estavam no local olharam desconfiados.
(Correio Popular)

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