Mercado financeiro reduz projeção de inflação para 2025
Boletim Focus aponta expectativa de IPCA em 4,70% no ano e leve alta na projeção de crescimento do PIB
Foto: Rafa Neddermeyer – Agência Brasil – O mercado financeiro revisou para baixo sua previsão de inflação para 2025, segundo o Boletim Focus, divulgado na segunda-feira (20) pelo Banco Central. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o principal indicador da inflação no país, passou de 4,72% para 4,70%. Para os anos seguintes, a expectativa também recuou, ficando em 4,27% para 2026, 3,83% para 2027 e 3,6% para 2028.
Mesmo com a redução, o número ainda supera o teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, o que coloca o limite superior em 4,5%. Em setembro, o IPCA registrou alta de 0,48%, influenciada pelo aumento da conta de luz. No acumulado de 12 meses, o índice chega a 5,17%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O boletim também trouxe uma leve melhora na previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025, passando de 2,16% para 2,17%. Para os próximos anos, a expectativa é de crescimento de 1,8% em 2026, 1,82% em 2027 e 2% em 2028. O desempenho positivo recente é reflexo da retomada dos setores de serviços e indústria, que impulsionaram a expansão de 0,4% no segundo trimestre de 2025, consolidando o quarto ano consecutivo de crescimento econômico.

Em 2024, o PIB do Brasil teve alta de 3,4%, o melhor resultado desde 2021, quando o avanço chegou a 4,8%. A continuidade da recuperação é vista pelo mercado como um sinal de resiliência da economia, mesmo em um cenário de juros ainda elevados e pressões inflacionárias persistentes em determinados segmentos.
Para o presidente da Habicamp, Francisco de Oliveira Lima Filho, a estabilidade das projeções econômicas traz um cenário mais previsível para o setor imobiliário. “A ligeira desaceleração da inflação e o crescimento sustentado do PIB reforçam a confiança dos investidores e facilitam o planejamento das famílias e das empresas do setor da construção civil”, destacou.