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O mercado imobiliário brasileiro pode sofrer com a crise chinesa?

“no momento não há motivos para se preocupar aqui no nosso país”, explica o presidente da Habicamp, Francisco Lima de Oliveira Filho

Apesar dos desafios que a China enfrenta com as incorporadoras Evergrande, segunda maior do país, e da Fantasia em honrar suas dívidas ameaça, o cenário não apresenta relação com o atual mercado imobiliário brasileiro.

Isso porque os ambientes para o setor são bem distintos entre os dois países. No Brasil, por exemplo, não existe a prática de alavancagem, o que reduz consideravelmente a matriz de riscos. Além disso, em geral, as incorporadoras possuem acesso ao mercado de capitais facilitado e bom caixa.

Os riscos no país também são reduzidos pelo financiamento habitacional no Brasil ser lastreado por um robusto arcabouço jurídico, que propiciou o sustentável e forte desenvolvimento no mercado brasileiro de crédito imobiliário.

Francisco de Oliveira Lima Filho, presidenta da Habicamp

O cenário é promissor e segue crescente, assim como a oferta de crédito imobiliário. Para se ter ideia, no primeiro semestre de 2021, as contratações desse tipo de financiamento subiram 108%, em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo seu maior volume histórico. A venda de imóveis novos também segue em alta.

O fato é que o Brasil possui um alto déficit habitacional, representado por cerca de 7,8 milhões de famílias que ainda buscam a casa própria. Além disso, há expectativa de que cerca de 1,1 milhão de novas famílias serão formadas anualmente.

“Os pilares que conduzem o aquecimento do mercado imobiliário estão firmes e estáveis. Desde a forte demanda, a segurança jurídica, até a capacidade de financiamento. Portanto, no momento não há motivos para se preocupar com impactos da crise imobiliária Chinesa aqui no nosso país”, explica o presidente da Habicamp, Francisco Lima de Oliveira Filho.

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