Saldo de crédito imobiliário da Caixa evolui 3,3% até março
A Caixa Econômica Federal anunciou ontem, junto com os dados do primeiro trimestre fiscal de 2019, que o saldo de crédito imobiliário cresceu 3,3% sobre o igual período de 2018, para R$ 447,4 bilhões.
Desse volume total, R$ 270 bilhões (10,9% superior) são recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e R$ 177 bilhões (queda de 6,5%) com recursos próprios e Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Em relatório da administração, o banco destaca que detém a liderança desse mercado com 68,8% de participação, ganho de 0,32 ponto percentual em 12 meses.
As contratações no período de janeiro a março deste ano no Programa Minha Casa Minha Vida somaram R$ 6,5 bilhões, ou 61 mil unidades, sendo 12,8% na Faixa 1,5 do programa. A carteira de crédito comercial teve redução de 18% sobre o primeiro trimestre de 2018, para R$ 127,8 bilhões, com pessoa jurídica respondendo por R$ 46,7 bilhões em março de 2019, queda de 28,2%, e pessoa física com R$ 81,1 bilhões, 10,7% menor.
Lucro líquido maior – A Caixa anunciou lucro líquido de R$ 3,920 bilhões no primeiro trimestre, alta de 22,9% sobre o mesmo período de 2018. As receitasmcom prestação de serviços aumentaram 2,3% em 12 meses, para R$ 6,5 bilhões, sendo 19,8% maiores as receitas de serviços com fundos de investimento e 8,5% as de convênios e cobrança bancária.
O indicador de inadimplência (acima de 90 dias) teve queda de 2 90% para
2,47% no comparativo de primeiro trimestre, mas subiu em relação ao quarto trimestre (2,18%).
Perdas com a Odebrecht – O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse ontem que a exposição direta do banco à Odebrecht é de R$ 2,2 bilhões, sem
considerar as operações do FI-FGTS. “A Odebrecht não foi a primeira empresa a pedir recuperação judicial desde o começo do ano, e o nosso lucro no primeiro trimestre de 2019 foi de R$ 3,920 bilhões”, afirmou. (DCI)