SP: oportunidades no interior
O processo de retomada do crescimento da construção civil passa pelo
interior do Estado de São Paulo. Além de qualidade de vida e infraestrutura
completa, a região possui indicadores econômicos favoráveis. Segundo dados
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Fundação
Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), o Produto Interno Bruto (PIB)
do interior paulista representa 66% das riquezas do Estado, chegando a quase
R$ 1,3 bilhão, o dobro da capital paulista com R$ 650 milhões.
Neste cenário, a Região Metropolitana de Campinas (RMC) é uma das mais
promissoras. Composta por 20 municípios, representa 7,81% do PIB paulista e
1,8% do PIB nacional, constituindo-se na segunda maior região de São Paulo.
São 3 milhões de habitantes, segundo dados do IBGE, número que impulsiona
ainda mais a região, como por exemplo, a demanda habitacional.
Morar no interior do Estado é a aposta de muitas pessoas que desejam fugir
do agito das grandes cidades e buscam qualidade de vida, conforto e lazer.
Polo de turismo e negócios, a cidade de Holambra, é exemplo desse modo de
vida que tem impulsionado os negócios na região. Conhecida como a Capital
Nacional das Flores, a cidade tornou-se referência nas áreas de
horticultura, floricultura e tecnologia avançada na produção de sementes, e
vem atraindo investidores nacionais e internacionais.
Só com a produção de flores e plantas ornamentais, a cidade arrecadou 8
milhões de dólares, em 2017, segundo o Ministério da Indústria, Comércio
Exterior e Serviços (MDIC). A atividade turística de Holambra também
movimenta os negócios da cidade que recebe 1 milhão de visitantes por ano.
A partir do exemplo de Holambra, podemos constatar e afirmar que empreender
ou investir na RMC é uma ótima opção. Apesar de possuir ótimos condomínios
residenciais, a região possui uma demanda reprimida por espações
corporativos e unidades hoteleiras tanto para o turista de lazer como de
negócios, incluindo comércio exterior voltado para o setor. De acordo com
estudo da Concierge Hotelaria, estima-se que a região deverá registrar
aumento de 25% no número de UHS disponíveis em médio prazo para atender essa
demanda reprimida.
Os empreendimentos de uso misto, ou multifuncionais, que reúnem num mesmo
projeto moradia, espaço corporativo e hotel são uma forte tendência para
atender às necessidades dos clientes.
Ao combinar num mesmo lugar funções como morar, trabalhar e se divertir,
esses projetos agregam várias vantagens. Melhoram as relações humanas,
estabelecem novas conexões de convivência e, principalmente, o
compartilhamento e uso de bens comuns gerenciados por quem entende do
negócio, como as grandes redes hoteleiras.
Temos bons exemplos de empreendimentos de uso misto implantados em várias
capitais e grandes cidades do País, que são referências do mercado
imobiliário. E é esse conceito de sucesso que vai elevar também o patamar
construtivo de cidades como Holambra, onde a prosperidade econômica se
mantém a despeito dos indicadores nacionais. Oportunidades existem, mas
precisamos enxergá-las e aproveitá-las. (Ibrafi)