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Tarifas de Trump criam incertezas e pressionam o setor imobiliário brasileiro

Medida dos EUA afeta exportações brasileiras e pode impactar custos e decisões de investimento na construção civil

Foto: Divulgação – O anúncio do presidente norte-americano Donald Trump sobre a aplicação de novas tarifas comerciais a países da União Europeia, México e Brasil movimentou o cenário econômico internacional. Com vigência marcada para 1º de agosto de 2025, a medida acende o alerta para setores estratégicos da economia brasileira, entre eles, o imobiliário, que mesmo não sendo diretamente dependente dos EUA, pode sofrer os reflexos indiretos desse movimento protecionista.

Um dos principais pontos de impacto está na cadeia da construção civil, que utiliza intensamente insumos como aço e alumínio, justamente os materiais que enfrentam novas tarifas de até 50% nas exportações brasileiras para os EUA. Sem competitividade no mercado norte-americano, o excedente desses produtos tende a ficar no mercado interno, o que, em teoria, poderia gerar uma queda nos preços e beneficiar os custos de construção no Brasil. No entanto, especialistas alertam que isso só ocorrerá se houver demanda suficiente no país para absorver esse excedente.

O presidente da Habicamp, Francisco de Oliveira Lima Filho.

Outro efeito imediato é a instabilidade econômica provocada pelo aumento do dólar, reflexo de um cenário inflacionário global e da tensão gerada pelas medidas americanas. Com o custo de vida em alta e a confiança do consumidor em baixa, a tendência é que decisões como a compra de imóveis sejam adiadas. Esse comportamento afeta diretamente o desempenho do setor imobiliário, que depende da previsibilidade econômica para atrair investimentos e estimular novos projetos.

Francisco de Oliveira Lima Filho, presidente da Habicamp, afirma que o setor acompanha o cenário com atenção. Embora o Brasil importe poucos insumos da construção dos EUA, a cadeia é global e os efeitos indiretos podem ser expressivos. Precisamos estar preparados para adaptar estratégias e manter o equilíbrio do mercado, mesmo diante de incertezas externas”.

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