Habicamp na mídia: Home-office faz campineiro trocar apartamento por casa
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Com a pandemia, as pessoas estão passando mais tempo em casa. Se antes a rotina era sair cedo e ir trabalhar, hoje muitos campineiros ficam em home-office em período integral ou de forma híbrida – parte da semana no escritório e alguns dias em casa.
E já que é para ficar mais tempo em casa, ela precisa ser a mais agradável possível – e se mudar em busca de um ambiente mais tranquilo ou funcional entrou nos planos de muita gente. Tanto que o mercado de locação de casas registrou um aquecimento de cerca de 30%, com destaque para as localizadas dentro de condomínio e com aluguel na faixa entre R$ 3 mil e R$ 4 mil.
Executivos, profissionais liberais e empresários desejam sair do ambiente fechado dos prédios – mesmo os que oferecem ampla área de lazer (que aliás não podem ser usadas por causa da pandemia) e ter a liberdade de viver em uma casa.
Claro que, com a maior procura, houve reflexo nos preços – o valor das locações de casas subiu, em média, 10%. E a preferência por condomínios fechados se explica pela busca de mais segurança e conforto.
O vice-presidente de Comercialização e Locação da Habicamp, Douglas Vargas, confirma que há uma forte migração de pessoas saindo de apartamentos e indo
para casas. “A pandemia fez com que muito mais pessoas passassem a trabalhar em home-office, e elas estão se mudando para casas porque querem mais comodidade e mais liberdade. Outro fator que também influencia na decisão são as taxas de condomínio, que subiram muito no último ano”.
Vargas destaca que existem opções para diferentes perfis de público em Campinas – desde condomínios de alto padrão até novos endereços de condomínios de casas pequenas em regiões como Chácara Primavera e Mansões Santo Antônio. “Outra área que vem ganhando condomínio de casas mais compactas é o Alto do Taquaral. Há dois empreendimentos saindo no local. Com a mudança de zoneamento, a tendência é que surjam novos condomínios do tipo”.
Aluguel
A crise econômica, que já vinha de antes da pandemia, também provocou uma alteração nos contratos de locação. Com a dificuldade em alugar apartamentos, muitas imobiliárias e os proprietários de imóveis trocaram o indexador que define os reajustes dos alugueis do Índice Geral de Preços ao Consumidor (IGP-M) para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial.
Vargas diz que, enquanto o IPCA de 2020 ficou em 4,52%, O IGP-M bateu a casa de 23,14%. “A diferença entre os dois índices foi muito grande. Não me lembro de ver uma disparidade tão grande nos últimos anos. Como o mercado tem muita oferta e pouca procura, a solução foi usar o IPCA para que os reajustes fossem menores, mas os imóveis continuassem alugados”, afirma. Uma estratégia que, ele admite, pode ser temporária enquanto durar a pandemia.
Ele exemplifica: um imóvel alugado hoje por entre R$ 650,00 e R$ 700,00 passaria para mais de R$ 800 caso fosse aplicado o IGP-M. Num caso assim, muito provavelmente o inquilino vai buscar outro lugar. E se o imóvel fica vazio, um novo contrato não seria firmado por mais de R$ 600,00 – ou seja, o proprietário sairia perdendo.
“É preciso avaliar muito bem cada caso. Na minha opinião, vale mais a pena usar um índice menor e manter o imóvel locado”, avalia.