Bancos aumentam juros de crédito imobiliário
Banco Central faz aumento na taxa Selic pela quarta vez consecutiva.
Escute a opinião do presidente da Habicamp, Francisco de Oliveira Lima Filho.
Após longas temporadas na corrida dos bancos para baixar os juros do crédito imobiliário, o jogo foi invertido já que agora várias Instituições financeiras estão subindo as taxas dos novos contratos de financiamento. A previsão é de que momentos difíceis chegarão na economia brasileira.
Dentre os maiores bancos privados que decidiram aumentar as taxas cobradas no crédito imobiliário estão: Santander, Itaú Unibanco e Bradesco, aumentando cerca de 0,5 a 1,0 ponto porcentual, chegando perto de 8% ao ano. Tais resultados mexeram bastante com os consumidores, já que a taxa média de juros dos financiamentos estava no patamar mais baixo da história nos últimos tempos, com 7% ao ano. Há alguns anos, a média estava em torno de 9% a 10%, o que reduzia o poder de compra do cidadão. Além disso, o Banco Central (BC) decidiu aumentar, pela quarta vez consecutiva, a taxa básica de juros Selic, em 1 pp, a 5,25% ao ano (aa), tendo decisão unânime.
Pelo aumento de preços dos alimentos, combustíveis e energia elétrica, os economistas do mercado financeiro já projetavam inflação de 6,79% para esse ano, sendo uma posição de valor bem acima do teto da meta de inflação, causando pressão para elevar os juros.
De acordo com o presidente da Associação Regional da Habitação de Campinas, Francisco de Oliveira Lima Filho o aumento não deveria acontecer, especialmente em um ano de pandemia.
“Eu não vejo o porque o Banco Central fez o aumento na taxa Selic, ele deveria dar exemplo hoje. O aumento feito pela quarta vez seguida é um tanto problemática, isso não poderia acontecer, principalmente pelo estado da economia que estamos vivendo hoje no Brasil.