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Campinas está no topo na decoração

Campinas movimentou pouco mais de R$ 476 milhões em consumo de artigos para
casa e decoração em 2017. O valor corresponde a 0,88% do volume registrado
em nível nacional – R$ 54,1 bilhões. Os dados são de um mapeamento inédito
produzido pela Associação Brasileira de Artigos para Casa, Decoração,
Presentes, Utilidades Domésticas, Festas e Flores (ABCasa), em parceria com
o instituto de Inteligência de Mercado (Iemi). O estudo coloca o município
na 12ª colocação no ranking brasileiro no segmento.

Outras quatro cidades da região de Campinas aparecem entre as 100 primeiras
colocadas da lista. Piracicaba ocupa a 49ª posição com 0,25%, equivalente a
cerca de R$ 135,2 milhões. Empatadas na 90ª colocação com 0,16%, Americana e
Limeira movimentaram cada uma em torno de R$ 85,5 milhões. Por fim,
Indaiatuba aparece na 94ª colocação com 0,15%, com valor proporcional a R$
81,1 milhões. A liderança do ranking pertence à capital São Paulo,
responsável por 8,93%, ou seja, quantia levemente superior a R$ 4,8 bilhões.

A pesquisa assinalou a existência de quase 174 mil pontos de venda em todo o
território nacional. Desse total, quase 130 mil são varejos especializados
em artigos para casa, decoração, presentes e utilidades domésticas, e outros
43,9 mil são generalistas, como lojas de departamento, variedades e home
centers. As empresas atacadistas do ramo somaram 6,9 mil unidades em 2017,
empregando diretamente 107,6 mil trabalhadores.

Entre as regiões brasileiras que mais consomem artigos para casa, o Sudeste
tem a maior participação com 46,2% (cerca de R$ 25 bilhões), seguido pelo
Sul com 20,7% (aproximadamente R$ 11,2 bilhões), Nordeste com 18,7% (pouco
mais de R$ 10 bilhões), Centro-Oeste com 7,4% (R$ 4 bilhões) e, por fim, o
Norte com 6,9% (em torno de R$ 3,8 bilhões).

Renato Orensztejn, presidente da ABCasa, instituição criada em 2016 com o
objetivo de estimular o setor e representar os interesses dos associados –
atualmente mais de 500, de todo o Brasil, entre fabricantes, distribuidores,
importadores e artesãos -, afirma que todos tinham ciência das grandes
cifras movimentadas pelo setor, mas que os números levantados surpreenderam
positivamente.

Iremilson Trevisan, diretor da Móveis Trevisan, que iniciou suas atividades
em 1950 e atualmente conta com 12 lojas, duas delas em Campinas (Cambuí e
Jardim das Paineiras), diz que o grupo não acompanhou o bom resultado do
setor em 2017, tendo faturado 15% a menos que em 2016. Contudo, 2018 deve
igualar o volume de vendas de dois anos atrás, porém, com faturamento
superior. “Apesar da crise enfrentada pelo País nos últimos cinco anos, nós
investimos em equipamentos, mantendo nossa competitividade no mercado”,
destaca.

Oferta amplia capacidade de produção

No que diz respeito ao Comércio Exterior, o setor de artigos para casa e
decoração importou produtos no total de US$ 1,1 bilhão (cerca de R$ 3,6
bilhões), em valores FOB (Livre a bordo), tipo de frete no qual o comprador
assume todos os riscos e custos com o transporte da mercadoria. Nessa mesma
categoria, as exportações brasileiras no período contabilizaram US$ 883,9
milhões (cerca de R$ 3,09 bilhões).

Marcelo Prado, diretor do Iemi, diz que “o que mais nos chamou a atenção,
enquanto pesquisadores, foi a diversidade das fontes de suprimento
(nacionais e importados, de diferentes regiões do planeta) e a oferta quase
ilimitada de produtos e marcas, que garantem ao segmento uma enorme
capacidade de competição e uma grande atratividade junto a seus
consumidores.” (Correio Popular)

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