Dez Cidades da RMC têm alta qualidade de vida
Dez dentre 15 cidades avaliadas na Região Metropolitana de Campinas (RMC)
contam com alto grau de qualidade de vida. A pesquisa é organizada a cada
trimestre pela Indsat, agência privada que mede os índices de satisfação com
os serviços públicos. Pela quarta edição consecutiva, Indaiatuba aparece no
topo do ranking. A cidade obteve aprovação absoluta em 13 dos 16 serviços
analisados.
Em seguida, aparecem no ranking as cidades de Nova Odessa e Jaguariúna. A
aprovação em quesitos como saúde, educação e abastecimento de água, por
exemplo, foram essenciais para que as três cidades pudessem obter uma
pontuação geral que ultrapassou os 740 pontos.
Dez cidades, no entanto, obtiveram pontuação acima dos 657 pontos, que
representam satisfação alta dos moradores.
Depois das três primeiras colocadas, integram a relação das melhores as
cidades de Santa Bárbara d’Oeste, Vinhedo, Valinhos, Itatiba, Artur
Nogueira, Americana e Hortolândia.
As cinco cidades que vêm a seguir alcançaram índice médio de qualidade de
vida, segundo os próprios moradores: Campinas, Paulínia, Monte Mor,
Cosmópolis e Sumaré, com pontuações que variaram entre 584 e 641. Todas
elas, no caso, ficaram abaixo dos 674 pontos, média da RMC.
O mais interessante na pesquisa é que a deficiência constatada em apenas um
serviço público é capaz de derrubar um município para a parte de baixo da
tabela. É o que foi constatado, por exemplo, em algumas das cidades mais
ricas da região.
Paulínia, por exemplo, maior PIB per capita da RMC, despencou no ranking por
conta da péssima avaliação do prefeito Dixon Carvalho (PP), que hoje carrega
nos ombros a tradição história de uma cidade mergulhada, ano após ano, em
escândalos políticos e denúncias. O povo de Paulínia também reclamou do
abandono do polo de produção cinematográfica, por exemplo, e da queda de
qualidade na saúde e na educação pública.
Campinas, maior cidade da região metropolitana, tem avaliação alta em
quesitos como cultura e abastecimento de água. No transporte público, os
usuários têm operações conflitantes: enquanto 34% consideram o serviço
ótimo, 35% o acham péssimo. A saúde pública é considerada ruim por quase
todos, e isso fez a cidade perder pontos preciosos.
Americana, que sempre ocupou as primeiras posições nos índices de qualidade
de vida da RMC, se tornou apenas a nona entre as dez melhores por razões há
muito tempo conhecidas: a qualidade da água é ruim, os serviços do
Departamento de Água e Esgoto são péssimos.
Indaiatuba, a melhor cidade da RMC segundo a agência Indsat, obteve 765
pontos, com alto grau de satisfação nos quesitos administração pública,
qualidade de vida, segurança pública, saúde, limpeza e abastecimento de
água. O próprio governo municipal somou 707 pontos e durante todo o ano de
2018 foi considerada ótimo ou bom pelos entrevistados. Segundo o prefeito
Nilson Gaspar (MDB), os dados refletem gestão eficiente, servidores públicos
dedicados e população engajada.
Sumaré é a cidade com pior avaliação da RMC no ranking da qualidade dos
serviços públicos prestados. A cidade ocupa a 15ª colocação. Historicamente,
a população enfrenta índices indesejados de violência e pede mais
investimento em segurança. Mas o prefeito Luiz Dalben (PP) tem muito o que
comemorar. A pontuação média da cidade subiu de 394 para 589 em quatro
trimestres. E ele próprio, o prefeito, hoje é aprovado por 74% dos
entrevistados.
O desempenho de cada cidade da RMC no índice de satisfação do público pode
ser conferido no https://www.indsat.com.br.
A página virtual traz os resultados detalhados por cada setor avaliado,
cidade por cidade. O mesmo espaço conta a história da agência e explica a
metodologia para a avaliação dos setores. (Correio Popular)