Falta de mão de obra qualificada ascende alerta na Construção Civil
Sete em cada dez construtoras já sentem os efeitos do déficit de trabalhadores
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil – A falta de mão de obra qualificada no setor da construção civil ascende um alerta para os próximos anos no país. O setor, que em 2010 contava com 3,2 milhões de empregados diretos e mais de 10 milhões em toda a cadeia, hoje tem 2,7 milhões de trabalhadores em um momento de alta demanda imobiliária.
Segundo um estudo realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em maio deste ano, com 800 empresas, já havia dificuldade em contratar profissionais qualificados. A amostra apontou que 7 em cada 10 construtoras sofrem com a escassez de mão de obra qualificada.
De acordo com o setor, a falta de mão de obra começou em 2018, mas cresceu durante a pandemia. Enquanto empreiteiras e construtoras disputam os profissionais nos canteiros, o setor tenta reverter o cenário.
Para o presidente da Habicamp, Francisco de Oliveira Lima Filho, a falta de mão de obra qualificada é um sinal de alerta que acompanha o setor há um tempo. “O trabalhador encontra uma oportunidade melhor em um ramo informal, como o de motorista de aplicativo, ou em outra obra para ganhar mais”, analisa Lima Filho.