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Retomada da economia: emprego na RMC fecha janeiro no azul

A Região Metropolitana de Campinas (RMC) começou 2018 com a criação de 2.228 vagas com carteira assinada, o melhor janeiro dos últimos quatro anos, ou seja, desde 2014, quando foram criados 3.112 empregos. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho, mostram que foram contratados 29.447 trabalhadores e demitidos 27.219 no mês. A região ficou com 2,86% dos 77,8 mil empregos formais criados no Brasil em janeiro.

Em Campinas, foram geradas 333 vagas, o melhor janeiro desde 2013, quando foram criadas 816 vagas. No mês, a cidade admitiu 12.510 trabalhadores com carteira assinada e desligou 12.177. O setor de serviços foi o principal contratante em Campinas, responsável por 54,4% das admissões, seguido do comércio com 48,6% e indústria da transformação com 21,1%. O setor do comércio, no entanto, foi o que teve maior saldo negativo entre admissões e desligamentos: contratou 2.886 em janeiro e demitiu 3.672, deixando um saldo negativo de 786 em Campinas.

Na região, foram 5.928 contratações com carteira assinada e 7.377 demissões, com um saldo negativo de 1.449. O setor de serviços foi o vilão de janeiro na RMC nas demissões, com o corte de 12.694 trabalhadores, mas também foi o que mais contratou – 12.694 – e fechou o mês com um saldo positivo de 905 postos de trabalho. A indústria de transformação demitiu 4.716 e contratou 6.943, e ficou com um saldo positivo de 2.227 postos.

A construção civil cortou 1.823 empregos e admitiu 1.963, com um saldo de 140. Em todo o ano passado, a economia regional eliminou 9.957 postos de trabalho. A quantidade ficou abaixo dos 12.028 empregos perdidos em dezembro de 2016, mas o péssimo resultado fez o emprego fechar no vermelho na região em 2017. O saldo negativo foi de 694 empregos.

Para o economista Ernesto Salviani, os dados do Caged estão sinalizando a retomada mais forte do emprego nesse início de ano, mas a manutenção do ritmo ainda dependerá de componentes políticos. “Temos um cenário que mostra que o emprego parou de cair”, afirmou. Em janeiro de 2014, a diferença entre admissões e demissões na RMC foi um saldo positivo de 3.112 empregos; caiu para 576 em 2015, para 1.017 em 2016, voltou ao positivo em 2017 com 332 vagas criadas e chegou a 2.228 em janeiro deste ano.

A vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), Adriana Flosi, avalia que a queda nos postos de trabalho do comércio, no mês de janeiro na RMC, reflete a redução das vendas neste mês em comparação com dezembro. “É um período em que o consumidor está mais retraído por causa das compras, principalmente a prazo, feitas no fim do ano e em função dos custos sazonais com material e matrícula escolar, além de IPTU e IPVA”, afirmou. Esse conjunto impacta a manutenção dos postos de trabalho que, em boa parte, eram compostos por trabalhadores contratados temporariamente, disse a vice-presidente da entidade. “Esperamos que a redução dos juros e a queda da inflação possam ampliar o poder de compra do consumidor, o que ajudará a reverter o desempenho nas contratações”, afirmou. (Correio Popular)

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