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Vendas no varejo de material de construção sobem em julho

O varejo de material de construção cresceu 3% no mês de julho, na comparação
com o mês de junho. Com relação ao mesmo mês do ano passado, o setor teve
retração de 3%. Já no acumulado do ano, o setor apresenta alta de 4% sobre o
mesmo período de 2017. Nos últimos 12 meses, há crescimento de 7%.

Os dados são da Pesquisa Tracking mensal da Anamaco, que entrevistou 530
lojistas entre os dias 24 a 30 de julho. Segundo o levantamento, cerca de
61% dos lojistas sentiram que os resultados do mês foram prejudicados pelos
jogos da Copa do Mundo. “Por conta dos jogos, as empresas readequaram seus
horários de funcionamento para que os funcionários pudessem acompanhar a
seleção brasileira e seus times favoritos e isso afetou o comércio, como se
na prática tivéssemos tido menos dias úteis”, explica o presidente da
Anamaco, Cláudio Conz.

O desempenho no mês ainda sofreu reflexos da greve dos caminhoneiros, do
aumento do dólar e do aumento no valor do frete. “Fizemos uma sondagem
através do BusTracking e os lojistas de todas as regiões do País indicaram
que os meses de maio e junho foram muito impactados por esses três fatores,
causando reflexos também em julho”, afirma o president da Anamaco.

“Produtos básicos como cimento, madeira, argamassa e areia foram impactados
pela greve de caminhões, que causou atrasos na entrega de produtos e
reposição de estoques, causando ruptura nas gôndolas. O aumento do valor do
frete impactou não só os materiais básicos, como também pisos e
revestimentos cerâmicos. Já materiais para pintura e materiais elétrico
foram os mais impactados com o aumento do dólar”, completa.

Segundo Conz, a principal consequência de todos esses fatores foi o aumento
do preço final dos produtos. “Alguns desses fatores vão continuar
influenciando o nosso desempenho, então o consumidor que quer reformar ou
construir deve aproveitar os preços agora, porque eles ainda podem subir”,
completa.

No levantamento por regiões, Norte e Nordeste apresentaram crescimento de 3%
e 2%, respectivamente, no período. Já o Centro-Oeste teve variação negativa
de 6%. Entre as categorias avaliadas, tintas e revestimentos cerâmicos
apresentaram crescimento de 3% no mês, enquanto revestimentos cerâmicos
retraíram 2%. Já as vendas de telhas de fibrocimento ficaram estáveis no
período.

O “BusTracking”, que permite a inclusão de perguntas específicas no
questionário, também indicou que 40% do setor está pessimista com relação às
ações do Governo. Ainda assim, nos últimos meses aumentou gradativamente a
pretensão dos lojistas fazerem novos investimentos (de 27% para 33%). Já a
intenção de contratar novos funcionários no próximo mês cresceu de 30% para
33%. Cerca de 60% dos lojistas também espera que as vendas no mês de agosto
sejam positivas. (Investimentos e Notícias)

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