Fundos imobiliários tiveram crescimento de 60% em um ano
O Brasil vive um momento de incertezas políticas e econômicas. Mesmo assim,
alguns setores da economia estão em pleno crescimento. É o caso dos fundos
de investimentos imobiliários (FIIs). Mesmo em crise, o número de pessoas
com esse tipo de investimento cresceu de forma acelerada. Entre junho de
2017 e junho de 2018, foram 61,2 mil novos cotistas, o que representou um
crescimento de 63% de pessoas que têm ativos na área.
“Em um cenário como esse, é muito importante para quem deseja investir
saber como investir em fundos imobiliários, tanto para quem quer
diversificar seus investimentos, quanto para pessoa que buscam uma maior
segurança onde colocar seu dinheiro”, diz Marcos Baroni, vice-presidente de
Fundos Imobiliários da consultoria de investimentos Suno Research.
Tal movimento do mercado não é à toa. Um dos principais motivos para o
crescimento no número de pessoas que investem nos fundos imobiliários está
diretamente relacionado ao corte na taxa de juros que vem acontecendo.
Ainda assim é necessário entender que esta área do mercado financeiro é
relativamente nova no país. Completos 25 anos da criação do primeiro FIIs no
Brasil, apenas no início da última década os fundos imobiliários tiveram seu
primeiro boom de novos investidores.
De 2011 até 2013 o número de investidores da área passou de 20 mil para 103
mil. Estimasse que em 2018 existam mais de 150 mil pessoas com investimentos
no setor.
Entre os principais fatores para que os FIIs chegassem a tais números foram
alterações na legislação.
Porém, por mais que seja tentador para o investidor seguir esta tendência, é
necessário entender e respeitar as complexidades que envolvem os fundos
imobiliários. Um dos caminhos para conseguir sucesso e retorno esperado são
as consultorias de investimentos especializadas na área.
O trabalho de uma agência que atua na frente contribui de forma considerável
com os investidores dos FIIs. Principalmente para iniciantes, isto porque
boa parte das pessoas que estão começando na área não toma os cuidados
necessário sobre as particularidades que envolvem o meio.
Assim como o investimento em ações, aplicar dinheiro em fundos imobiliários
é uma estratégia que deve ter foco no longo prazo. “No curto prazo, dentro
de meses ou poucos anos, variações do mercado podem influenciar
negativamente sobre o preço dos fundos”, diz Baroni. “Além disso, um fator
muito importante para os fundos imobiliários é o reinvestimento dos
dividendos. Ele pode ajudar a criar o efeito ‘bola de neve’, popularizado
por Warren Buffett”, completa.
O chamado “efeito bola de neve”, que é uma das lições do megainvestidor Warren Buffett,
também é conhecido por “efeito dos juros compostos”. Ele mostra que, ao reaplicar os
dividendos de um investimento, a carteira passa a crescer de maneira exponencialmente
maior do que caso os dividendos sejam sacados. Por isso, especialistas indicam os
fundos imobiliários como um ótimo produto para quem busca maximizar seu
ganhos. (Estadão Conteúdo / Dino)