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Escritório corporativo tem retomada

Campinas deve receber até o final do ano mais 25,9 mil metros quadrados de escritórios corporativos nas classes A e B, segundo levantamento da consultoria americana Cuschman & Wakefield. O novo estoque representa, no entanto, uma queda de 64,3% em relação aos lançamentos do ano passado, mas sinaliza, segundo avaliação do diretor regional do Sindicato da Habitação (Secovi) de Campinas, Marcelo Coluccini, a retomada de construção desse tipo de empreendimento neste semestre, uma vez que nos primeiros seis meses do ano não houve lançamentos. A consultoria apurou que o preço médio do metro quadrado pedido para locação ficou cotado em R$ 49,60 no segundo trimestre, uma queda de 1,1% em comparação ao trimestre anterior.

Desde o começo da crise, proprietários vêm adotando uma postura mais flexível na negociação de contratos, a fim de evitar o aumento dos níveis de vacância, enquanto inquilinos aproveitam os preços menores para transferir seus escritórios para empreendimentos de melhor padrão. O fato de o novo estoque este ano ser menor do que o do ano passado, tende a estabilizar mais o mercado, pois o volume vinha sendo muito alto, enquanto a demanda estava pequena, o que acaba levando os preços para baixo e a vacância para cima.Em 2015 foram adicionados 48,3 mil metros quadrados ao estoque, em 2016 mais 72,9 mil e este ano, já perto de 26 mil. Os espaços vagos tiveram uma queda de 0,2 ponto percentual no período, fechando em 30,8%.

Segundo o gerente sênior de Pesquisa e Inteligência de Mercado para a América do Sul da consultoria, Gustavo Garcia, as razões para essa variação pequena foram a fraca absorção líquida, de 800 metros quadrados, e o fato de não terem ocorrido entregas de novos empreendimentos no segundo trimestre. Em 2015, os espaços vagos somavam 3,1 mil metros quadrados, subiu para 10,9 mil no ano passado e este ano está em 4,3 mil.

Segundo Coluccini, os empreendimentos que estão sendo lançados neste semestre serão entregues em 2019, mas os números deste ano em lançamentos demonstram uma tendência de retomada que deve avançar em 2018. A oferta atual de escritórios é grande, por causa da crise, que levou muitos inquilinos a devolverem as salas. No primeiro trimestre, o estoque de salas vagas foi de 4,3 mil metros quadrados.

O economista Caio de Oliveira lembra que o mercado de escritórios é bastante competitivo em Campinas e a grande quantidade de salas vagas tem feito os preços de locação caírem, favorecendo assim os inquilinos. “A partir do próximo ano, se a economia voltar a crescer, a tendência é de melhora para os proprietários, mas ainda vai demorar para que os preços voltem aos patamares de dois ou três anos atrás”, disse. Para ele, a cidade vai melhorar as condições para a implantação desse tipo de empreendimento com o novo Plano Diretor Estratégico, que está para ser encaminhado à Câmara. “O plano vai permitir usos múltiplos em toda a cidade, facilitando assim a ampliação de oferta de áreas para a implantação de escritórios. Além disso, com a permissão de verticalização ao longo dos corredores de transportes, os custos de implantação dos empreendimentos tendem a cair”, afirmou. (Correio Popular)

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