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IGMI-R/ABECIP em março apontou variação positiva de 1,45% nos preços dos imóveis residenciais no Brasil

APÓS A LIGEIRA DESACELERAÇÃO REGISTRADA EM FEVEREIRO (0,92% ANTE 1,03% EM JANEIRO), O CRESCIMENTO DO ÍNDICE VOLTA A CONFIGURAR UM CENÁRIO DE ACELERAÇÃO

O resultado do IGMI-R/ABECIP em março mostrou uma variação positiva de 1,45% nos preços dos imóveis residenciais no Brasil. Após a ligeira desaceleração registrada em fevereiro (0,92% ante 1,03% em janeiro), o crescimento do índice volta a configurar um cenário de aceleração. Isso pode ser observado tanto na taxa de crescimento acumulado em 12 meses, que passou de 6,09% em fevereiro para 7,40% em março, quanto na comparação entre o crescimento das variações das médias trimestrais. O comportamento médio do IGMI-R/ABECIP
durante o primeiro trimestre de 2020 teve um crescimento de 3,05% contra o mesmo critério aplicado ao último trimestre de 2019, que por sua vez já havia crescido 1,32% ante ao terceiro trimestre de 2019, após este crescer 0,98% contra o segundo trimestre de 2019. Como pode ser visto na tabela
abaixo, essa tendência de aceleração nas variações das médias trimestrais foi repetida, ainda que em intensidades diferentes, ao longo das dez capitais analisadas pelo índice.

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O destaque positivo foi São Paulo, com um crescimento de 4,82% no primeiro trimestre de 2020 sobre o último de 2019, enquanto Belo Horizonte e Recife apresentaram o menor crescimento (0,86%), ainda que nos dois casos esse valor tenha representado uma elevação sobre os respectivos resultados do último trimestre de 2019.
Alguns resultados vistos no gráfico acima merecem destaque. Os efeitos negativos da recessão iniciada em 2014 sobre os preços dos imóveis residenciais foram significativos, e só começaram a ser revertidos em meados de 2018 em termos nominais, ainda que de forma bastante heterogênea entre as
capitais. Somente em 2019 voltamos a observar variações nominais positivas em todas as capitais analisadas pelo IGMI-R/ABECIP, sendo que para algumas delas passamos a ter também ganhos em termos reais, comparando-se o resultado com as variações acumuladas dos índices de preços ao consumidor.
Ao final desse primeiro trimestre de 2020, enquanto a variação acumulada em 12 meses do Índice de Preços ao Consumir Amplo (IPCA) foi de 3,3% (mostrada na linha preta horizontal no gráfico acima), apenas no Rio de Janeiro e no
Recife as variações acumuladas do IGMI-R/ABECIP no mesmo período ainda ficam abaixo desse patamar.

Ao fim do primeiro trimestre de 2020, o processo de recuperação dos preços dos imóveis residenciais no Brasil mostrou uma clara aceleração. A continuidade desse processo nos próximos meses envolve o conjunto de incertezas trazidas pelos efeitos da pandemia sobre os principais agregados
macroeconômicos.

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